Entrevista com a banda Primator
de on fevereiro 18, 2017 dentro Entrevistas
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Trocamos uma ideia com Rodrigo Sinopoli vocalista da Primator, que nos contou um pouco mais sobre o início, influências e o futuro da banda.

Se liga na entrevista!

De onde surgiu o nome da banda e o que os inspiraram?

Rodrigo Sinopoli – Surgiu de uma conversa de bar, ao tomarmos uma cerveja tcheka de mesmo nome, mas de grafia e pronúncia diferentes.
O nome soava melhor para uma banda de metal do que para a bebida, mesmo não tendo o que reclamar dela. Podemos dizer que fomos inspirados pelo álcool! Rs…

O Primator está com aproximadamente 8 anos e certamente já vivenciou muitos percalços, sejam eles por fatores internos ou externos. Com relação à cena musical de 2009 a 2017, houve alguma mudança? No ponto de vista da banda, quais foram as perdas e/ou ganhos dessa evolução?

Rodrigo – A cena praticamente não mudou e de uma forma geral, continua desunida. Com músicos trabalhando paralelamente para manter suas bandas em atividade e mendigando espaços para apresentações minimamente dignas.
O que aumentou e muito é a quantidade de novas bandas (algumas muito boas) de lá pra cá.
Do nosso ponto de vista, não temos do que reclamar, porque apesar dos contratempos, pudemos observar a repercussão do álbum de estreia e planejar os próximos passos com mais cautela e assertividade.
Aproveitamos os hiatos de tempo para compor e trabalhar em novas estruturas e materiais.

Com relação ao amadurecimento musical como um todo, o que mudou?

Rodrigo – Com a entrada do Lucas Assunção na banda, pudemos explorar e testar novas linhas de composição.
Isso e os shows, com certeza agregaram e muito para o nosso amadurecimento enquanto banda.

Como foi o processo de produção e quais foram às influências para a criação do álbum “Involution”?

Rodrigo – Produzimos e gravamos o Involution faixa a faixa e apenas depois das dez faixas estarem finalizadas, o álbum foi mixado.
Nossa principal influência foi a teoria evolucionista de Darwin, a qual utilizamos de parâmetro para traçar um paralelo entre ciência e religião. Tudo se contextualizando com os destroços deixados no caminho pela humanidade em busca da “evolução”.

As musicas de vocês contam muitas histórias e reflexões certo? O que os motiva e como são elaboradas as letras de vocês?

Rodrigo – Certo. Nossas letras são criadas com a ajuda do cotidiano e o que acontece no dia a dia.
Cada edição do noticiário da TV daria um álbum que fala sobre guerras, caos, mortes e corrupção. Vivemos cercados por tudo isso.
Enquanto escrevo, já tenho a ideia da melodia na cabeça e desenvolvo o refrão.
Às vezes, sonho com o refrão e precisamos desenvolver a estrutura da música em conjunto.
De qualquer forma, é um trabalho muito gostoso!

Como está a aceitação de “Involution” pelo público?

Rodrigo – De uma forma geral, a aceitação tem sido ótima!

E as novidades tem algum projeto novo em andamento? O que podemos esperar de novo a ser lançado?

Rodrigo – Sim. Estamos em fase de composição do novo álbum, que tem a produção do Mario Linhares do Dark Avenger.
Todos podem esperar por algo mais pesado e denso em breve.

 

Por falar em novos sons, quais bandas novas nacionais vocês já escutaram e o que acham do som dessas bandas, alguma delas os influencia?

Rodrigo – Novas eu não sei, mas estou ouvindo Rexor agora mesmo. Já é uma banda de 99, então não podemos considerar nova. Tem também o Hevilan, com quem tocamos juntos algumas vezes e fazem um metal de extrema qualidade.
Tudo o que é bom aos nossos ouvidos acaba nos influenciando, mesmo que involuntariamente.

Hoje em dia com proliferação de bandas na internet, o quê acham positivo e negativo em termos de divulgação?

Rodrigo – A melhor divulgação de todas é o show, a apresentação ao vivo. Pois ali o público vê a banda em ação e faz parte de algo presencial, real. É uma troca de emoções que se transforma em fidelidade de ambas as partes.
Muitas bandas que lançam material pela internet e só, dificilmente criam essa empatia num show, se não apresentarem uma boa energia.

Existe um boom de bandas de Heavy Metal que há muito tempo não se via, e claro, no Brasil sempre olharam de uma forma meio torta para o gênero. Vocês acham que a aceitação está melhor e como vocês se veêm no meio musical?

Rodrigo – O problema do metal no Brasil nunca foi à escassez de boas bandas, mas a falta de espaço que temos.
Mesmo que as rádios reservem um dia e um horário específico, é pouco para tantos bons talentos.
Precisaríamos de exposição constante, como fazem com o resto do lixo que somos obrigados a engolir goela abaixo por imposição de gente que não dá a mínima para a música de verdade.
Quanto à aceitação, acredito que sejamos bem vistos no meio. Somos gente boa…rs. Cinco trabalhadores, com esposas, filhos e família para cuidar e ainda arrumamos tempo para fazer heavy metal num país como o nosso.
O Primator é uma das poucas bandas brasileiras, que tenta manter o metal tradicional vivo em sua essência. 

Obrigado pela paciência e pela conversa, então deixe um recado aos fãs da banda.

Rodrigo – Muito obrigado pela oportunidade da entrevista e fiquem ligados em nossos canais de comunicação / redes sociais que em breve teremos muitas novidades e quem sabe um show com material exclusivo.
Abraço a todos e continuem apoiando o metal nacional! \m/

Mais Informações:
www.bandaprimator.com.br 
www.facebook.com/bandaprimator
www.soundcloud.com/bandaprimator 
www.twitter.com/primatormetal 

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