Caralho, puta compilação!!!
Não é de hoje que a galera d’O Subsolo vêm fazendo um belo trabalho junto ao underground, e eis que nasce mais um filho a coletânea O SUBSOLO: VOL. 4!
Parece que Maykon Kjellin & Cia. escolheram a dedo as bandas que na grande maioria está em evidência em seus respectivos estados, e muitas surpresas bem interessantes, e ainda conta com uma ótima produção, diga-se de passagem…
Em um tempo atrás você podia sentir a dificuldade de algumas bandas em ter uma boa produção, era aquela coisa abafada, som baixo, instrumentos inaudíveis e toda aquela produção fraca, mas, hoje com a ascensão da tecnologia é possível até ter uma boa produção em seu próprio Home Studio, com qualidade satisfatória e ir muito mais além.
Dá para sentir a evolução das bandas e a preocupação com a qualidade de suas músicas, afinal é seu cartão de visitas, e a coletânea O SUBSOLO: VOL. 4 consegue reunir bandas emergentes no cenário nacional com características distintas, mas, que seu maior foco é a possibilidade de oferecer uma boa experiência auditiva aos ouvintes.
E a coletânea demonstra com essa frase todo o sentimento embutido nesse produto: “A união é a maneira mais fácil de alcançar nossos objetivos”. E essa é a mais pura realidade, nos anos 90 e início dos 00 qualquer show de Rock e Metal lotava, hoje até casas consagradas de shows estão com o público reduzido e quase fechando ou já fecharam as portas, e nesse quesito poder mostrar oque o nosso país tem de melhor dentro do estilo só fortalece um gênero tão discriminado como o nosso.
E assim o Rock e suas vertentes respira abaixo da superfície (desse mainstream boqueta enfiado goela abaixo à força pela mídia) com iniciativas como a d’O Subsolo, que resgatam a força e a criatividade de bandas que mesmo sem espaço resistem, e estão aí para dar a cara a tapa e mostrar que o underground está vivo e ferve!!!
Além das bandas e organização, o disco teve participação também do artista Romulo Dias (https://www.instagram.com/rdd.artwork), que contribuiu assinando a arte do trabalho.
A coletânea apresenta 18 sons de vários estilos e o interessante é que a mistura só favorece, se liga:
MEDJAY – Death in the House of Horus: Banda de Heavy/Trash de BH que traz uma temática oriental ao estilo.
100 DOGMAS – Resistência: Banda de Groove Metal / Stoner Metal de Blumenau/SC, com uma levada Rapcore.
SYN TZ – Held by the Cold: Banda de Heavy Metal de Balneário Camboriú/SC com uma pegada bem interessante.
DARK NEW FARM – L.O.V.E.: Banda de Nova Fazenda/SC que conta com o Sr. Maykon Kjellin nas baquetas, é um amálgama de Death/Groove/New Metal que soa muito natural e pesado.
LACUNA – Verdade Nua e Crua: Banda de Guarulhos/SP fazendo um ótimo Metal Alternativo na linha Five Finger Death Punch e Alter Bridge.
MUQUETA NA OREIA – Samba de Maria: Crossover fudido de Embu das Artes/SP, já foi resenhado aqui pelo nosso site com o disco “Blatta” (2013) e essa faixa “Samba de Maria” é um soco na cara da nossa sociedade hipócrita .
BRUTALSICK – Brutal Tension of War: É de Pinhais/PR esse quinteto de New Metal que lembra muito algumas nuances de Fear Factory.
GRIM RECKONING – La Danse Macabre: Esse projeto é praticamente novo (é de 2017) de One Man Band do RJ que faz um Death bem interessante, quase beirando ao Black Metal. Essa música é exclusiva da coletânea, não encontrada nem no Youtube e nem no Spotify.
OCTODEMON – The Call: Baseado em um Stoner Rock bem consistente esse quarteto de São Paulo chama a atenção pela simplicidade, peso e objetividade.
TIMBALL – Aqui Não: Essa é uma surpresa vinda de Criciúma/SC, os caras fazem um som na linha Groove/New Metal cantando em português e sem frescuras.
AGP – Electric on the Farm: Uma banda com integrantes anônimos do RJ, que fazem um som instrumental recheado de referências a vários estilos, deixando um certo ar de ironia.
KHORIUM – Idiocracia Tropical: O Rapcore Funkeado da banda de Volta Redonda/RJ mostra toda sua acidez em relação ao status político/social atual. Mais uma música exclusiva da coletânea.
DIRTY SWEDE – Eudaemonia: Hard Rock de SP calcado nos anos 80, em que relembra muito as bandas que adoravam tocar o mais alto possível e agitavam as festas, e ainda de quebra militam conscientemente pela causa animal.
80 ROCK – Ego: Meio Hard, meio Heavy, meio Progressivo e cantando em português, o som desses mineiros de Sabará/MG lembra muito as bandas nacionais dos anos 70 em que o forte era a psicodelia como a exemplo do Ave Sangria.
DISTRITO ZERO – Facínoras (feat. Siquieri): Se alguém aí se lembra da banda Ópio (depois Futura) de Salto/SP, vai curtir e muito o som dessa galera da Zona Leste de SP para fãs de Rage Against The Machine e Linkin Park.
OVERMIST – Land of the Dead: Belo Thrash Metal de SP com uma rítmica bem empolgante e com uma música que gruda na cabeça.
DEATH CHAOS – Gushing Blood: Talvez essa seja a banda mais conhecida da coletânea e a faixa “Gushing Blood” não deixa a desejar a porradaria da banda de Curitiba/PR.
REST IN CHAOS – Ego Riser: Geralmente deixam uma banda com o som menos potente para o final, mas, essa galera de Santa Catarina esmaga ossos e fecha a coletânea em grande estilo com seu ótimo Thrashcore!
Para mais informações entre em contato com os canais d’O Subsolo:
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