Há exatos 2 anos nessa mesma data eu resenhava o 7º trabalho do grupo Sunroad chamado “Wing Seven”, e a pegada oitentista de bandas como Guns N’ Roses e Dokken me chamava a atenção, ainda mais por saber que uma banda do Centro-Oeste do Brasil seguia a esse estilo de forma muito fiel e com músicos muito competentes…
Hoje graças aos amigos Eliton Tomasi e Suzy dos Santos da Som Do Darma, tenho o prazer de ouvir o mais novo trabalho do Sunroad, “Heatstrokes” e que álbum senhores…
A honestidade musical da banda empolga a cada música, pois, os caras não tentam inventar a roda, mas, utilizam de suas influências como uma base bem sólida do seu som, afinal não há como negar as nossas origens…
Se nos dois últimos trabalhos, “Carved In Time” (2013) e “Wing Seven” (2017), o Sunroad enfatizou-se com mais vigor pelo hard/heavy, em “Heatstrokes” a proposta é assumir o hard e melodic rock como um caminho cujo destino final é o AOR.
“Poderíamos dizer que Heatstrokes é um trabalho de transição”, declara o baterista Fred Mika. “Dessa vez buscamos uma sonoridade um pouco mais sofisticada, e isso é resultado da verdade de cada integrante atual da banda. O aspecto melódico teve uma atenção especial nesse novo trabalho. Procuramos dosar menos nas notas, usar bases mais fluídas, justamente para permitir que os refrãos fossem mais valorizados. Aliás, a ideia de muitas músicas do álbum partiram dos refrãos. Desde nosso primeiro álbum tínhamos por objetivo compor músicas com refrãos fortes, e quando digo que Heatstrokes é uma transição, é porque queremos seguir evidenciando cada vez mais isso nos futuros trabalhos. E o AOR acaba sendo a consequência final desse desenvolvimento melódico”.
E realmente a banda focou mais numa pegada mais melódica, e cara ficou bom pra caralho!!!
Muitas bandas tentam soar pesadas o tempo todo dentro do Hard Rock, mas, nos idos dos anos 80 e até início dos 90 houveram baladas que empolgaram e muito e até hoje marcaram uma geração. Hoje o Sunroad coloca uma fileira de músicas melódicas e que ao invés de se tornarem massantes como algumas bandas, pelo contrário te traz uma sensação atemporal dos shows de grandes estádios, aquele som que tocava no rádio e te transportava no tempo…
Esses goianos mereciam ser muito mais conhecidos, seja pela ótima discografia ou pela simples chance de figurar ao menos nas Rádio Rocks por aí, ou quem sabe em até alguma produção de cinema ou série nacional, tamanha qualidade de suas músicas.
Gostei muito dessa desaceleração da banda em relação ao último trabalho e “Wing Seven” tinha momentos explosivos sensacionais, mas, “Heatstrokes” mostrou uma verve mais introspectiva e muito mais acessível até para ouvintes fora do Rock e Metal, faça o teste e apresente a música “Empty Stage” a qualquer pessoa e note sua reação, seu instrumental é belo e preciso e sua mensagem tem o poder de colocar as pessoas para raciocinar com o que está acontecendo a sua volta, ahhhh esse refrão…
“take’ em away from this empty stage
flags rising from ruins
but pain’s storage
take’ em away from this empty stage
silence, smoke, vortex and damage”
As músicas “Mind The Gap”, “Given And Taken”, “Screaming Ghosts” são a tríade de peso que abrem o álbum, na sequência “Lick My Lips” começa a mostrar essa vertente mais melódica com a bela e já citada “Empty Stage”, há momentos mais pesados nas demais músicas é claro, mas, o lado melódico é uma característica que funcionou como uma luva ao já conhecido som da banda.
“Heatstrokes” é um deleite aos amantes da boa música, simplesmente ouça e vicie-se…
Assista ao Lyric Video de “Empty Stage”
Integrantes:
Gravação do disco:
Andre Adonis – Vocais/Guitarras/Teclado/Baixo
Mayck Vieira – Guitarra
P. Jordan – Baixo
Fred Mika – Bateria
Formação atual:
Warlley Oliveira – Vocais/Teclado
Mayck Vieira – Guitarra
Van Alexandre – Baixo
Fred Mika – Bateria
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